O presidente Lula e o ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
Uma nova e preocupante frente de investigação acaba de ser aberta no INSS. Agora, o foco está nos empréstimos consignados supostamente contratados sem o consentimento de aposentados e pensionistas. A suspeita é de que essa modalidade de crédito esteja sendo usada em fraudes ainda maiores do que os já conhecidos descontos associativos indevidos, que envolvem cerca de R$ 6 bilhões.
Segundo uma auditoria recente do Tribunal de Contas da União (TCU), só em 2023, o volume total de empréstimos consignados liberados chegou a R$ 89,5 bilhões. Embora nem todo esse montante seja ilegal, o número de reclamações levanta um sinal de alerta: mais de 35 mil pessoas denunciaram ter contratos feitos em seus nomes sem qualquer autorização.
O caso está sendo investigado por uma força-tarefa ampliada, com a participação de órgãos como a Dataprev. O que chama a atenção é que, mesmo com a exigência de biometria para liberar os empréstimos, os golpes continuam acontecendo. Especialistas apontam falhas nos sistemas e nos refinanciamentos automáticos como possíveis portas de entrada para os criminosos.
O rombo pode ser gigante. Estima-se que o total desviado chegue a impressionantes R$ 90 bilhões — um valor comparável ao orçamento anual de estados inteiros, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A expectativa é que a investigação revele um esquema ainda mais amplo do que se imaginava, o que pode levar à revisão urgente das regras do crédito consignado no país.
Fonte: TCU
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